Avenida Universo
Sabe aquele percurso que parece não levar a nada, a nenhum lugar? É assim que a gente transita, levita em pensamentos por aí.
Um turbilhão de ideias fragmentadas, soltas, desconctadas que às vezes aglutinam-se, formam ideias, projetos, etc. Vezes dissipam-se, desitegram-se e sem identidade voam, viajam na calda do vendo e se perdem por aí ficando assim longe dos fatos e da realidade.
São pormenores da mente que não mente. Na avenida virtual transita-se sem critérios, regras, filas e sem comentários. Não é bem um monólogo, não há interação... de dentro para fora e vice-versa. A ausência de normas, limitações dão abertura a diversidade de pensamentos de todo jeito, de todo tipo; salada mixta mesma.
Que rua larga, comprida! Parece não ter princípio nem fim numa infinidade de m3. Quanto vale? Quase nada ou simplesmente nada. Mas tanta coisa num trânsito caótico, engarrafado, quase parado. Os maiores sobrepondo-se aos menores ou é o contrário? De vez em quando um freio. Opa! Você não... Não quero pensar nisso agora, outro dá o ar da graça. De novo...! Lá adiante, outro mais incoveniente ih! Penetra a 20ª tentativa de se fazer presente. Por fim um chute! Vão desaguar noutro manacial. estou afobado, sentido-me clonado, usado, indignado.
- Ei, ei! Dá pra parar de pensar por pouco que seja, faz bem.
Lança-se mão do celular. - Alô?
-É lá de CIMA?
- É uma reivindicação: interditem por favor a av. universal dia e noite.
- Por quanto tempo senhor?
- Ah, o tempo? -Nem muito, nem pouco, médio. Entendeu?
- Sim.
PS: quando liberar a avenida observe a parcimônia.